Bitcoin é considerado um “ativo do medo”, afirma CEO da BlackRock
Enquanto Brian Armstrong, o fundador da Coinbase, vê o Bitcoin como um “ouro digital”, Larry Fink, CEO da BlackRock, tem uma visão bem diferente: ele considera a criptomoeda um “ativo do medo”. Os dois estiveram juntos no evento DealBook Summit, promovido pelo The New York Times, onde debateram sobre o futuro das criptomoedas.
A Coinbase é a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, enquanto a BlackRock se destaca como a maior gestora de ativos do mundo e é responsável pelo maior ETF de Bitcoin, conhecido como IBIT.
Atualmente, o Bitcoin está valendo cerca de US$ 90.500, apresentando uma queda de 2,1% nas últimas 24 horas. Outras criptomoedas também seguem essa tendência negativa nesta sexta-feira.
CEO da BlackRock comenta sobre as oscilações do Bitcoin
Durante a discussão, Andrew Sorkin recordou as opiniões de Warren Buffett e Charlie Munger, que acreditam que o Bitcoin um dia terá um valor de zero. Perguntou, então, aos convidados o que eles pensavam sobre isso.
Brian Armstrong respondeu de maneira ponderada, observando que Buffett e Munger vieram de uma época em que os EUA e o dólar dominavam. Contudo, ele acredita que o cenário atual é diferente.
“Agora estamos em um mundo onde as democracias tentam lidar com gastos excessivos. O Bitcoin surge como um novo ouro digital. As pessoas o buscam em momentos de incerteza”, afirmou Armstrong.
Larry Fink, por sua vez, trouxe à tona uma reflexão sobre a finalidade do Bitcoin e suas flutuações. Ele disse: “Os US$ 13,5 trilhões geridos pela BlackRock estão essencialmente gerindo esperança. Por que alguém investiria em um resultado de 30 anos, se não houvesse essa esperança de retornos robustos?”
Fink ainda acrescentou: “Bitcoin é um ativo do medo. Você o possui porque se preocupa com sua segurança física e financeira. No longo prazo, sua existência se justifica pela desvalorização dos ativos financeiros decorrente de déficits.”
Ele também mencionou como o preço do Bitcoin se movimentou após acordos comerciais entre EUA e China e, mais recentemente, em resposta a rumores sobre a guerra na Ucrânia. “Caso você esteja investindo como uma forma de proteção contra suas esperanças, isso impacta significativamente seu portfólio”, completou.
Os executivos também tocaram em outros temas, como tokenização e mercados de previsão. O evento contou com a presença de diversas personalidades do setor, incluindo os CEOs da Palantir e da Anthropic, e até mesmo um representante do Tesouro dos EUA.
Essas conversas são sempre intrigantes, pois revelam diferentes perspectivas sobre o futuro das criptomoedas e sua influência no mercado financeiro.





